O preconceito lingüístico vem sendo alimentado diariamente pelos meios de comunicação, que pretendem ensinar o que é ‘’certo’’ e o que é ‘’errado’’, sem falar é claro nos instrumentos tradicionais de ensino da língua, ou seja , a gramática e os livros didáticos.
No Brasil, muitas vezes, não é difícil perceber que o modo de falar ‘’correto´´ é aquele vinculado a elite, e que o modo ‘’errado’’ concerne a grupos de desprestígio social. Essa associação prejudica nosso sistema educacional, assim também como as relações entre os indivíduos. Além disso, o preconceito com a língua desestrutura uma organização social, isso porque, um simples julgamento para com o próximo, pode desestimular uma pessoa. Esta cercada pelo medo do ‘’erro’’ não apreende o conhecimento ou se entrega a visão de ser um fracassado.
Portanto devemos estudar com seriedade e sem preconceitos a língua, analisando as variantes e concluindo que todas estão inseridas dentro de um mesmo padrão.
Esse poema do Mário Quintana, poeta gaúcho que eu adooooooro, é ótimo para refletir sobre como estamos cuidando do noso tempo e um ótimo exemplo de gênero textual .
Leia e reflita...
O Tempo ( Mário Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.